segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Agnelo Queiroz elogia o distrital Brunelli, aquele da "benção da propina"
Política é mesmo uma coisa controversa. Encontramos na internet um vídeo recente no qual o provável candidato do PT ao GDF, Agnelo Queiroz, faz elogios ao deputado distrital Júnior Brunelli (PSC). O parlamentar foi flagrado em vídeo feito pelo ex-secretário do governo Arruda, Durval Barbosa, supostamente recebendo propina de um esquema de arrecadação de recursos ilegais montado no governo. Imperdível!
Expulsão de Prudente e Brunelli dos movimentos evangélicos
Homenagem ao "Meinha"!
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Desmontando o discurso do Arruda
Quero dedicar-me inteiramente à tarefa de cumprir, como governador, todos os compromissos e metas assumidos no programa de governo. (Ainda que outro partido o aceitasse, Arruda não poderia disputar a eleição do ano que vem porque o prazo para filiação partidária encerrou-se em setembro último. A legislação eleitoral prevê que os candidatos devem estar filiados a uma legenda pelo menos um ano antes do pleito)
Ovo nele?
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Arruda pede desfiliação do DEM
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Arruda não agrada nem a Índio
Mais uma denúncia contra Arruda
PF suspeita que construtora fez doações a Arruda
Mapeamento aponta supostos repasses em dólares da Camargo Corrêa para as campanhas de 1998 e 2002
Fausto Macedo
A Polícia Federal suspeita que o governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (DEM) recebeu doações "por fora" da Construtora Camargo Corrêa para financiar suas campanhas eleitorais. O rastreamento aponta supostos repasses em dólares que teriam sido realizados nos pleitos de1998 e 2002 - nesses anos, Arruda foi candidato, respectivamente, ao governo do Distrito Federal e a deputado federal.
O mapeamento indica pelo menos três doações em 1998 que somam US$ 637,6 mil. A apuração relativa à campanha de 2002 não identificou repasses diretos pela empreiteira, mas a PF suspeita que isso pode ter ocorrido por meio de alguma coligada do grupo.
A suspeita sobre as relações entre Arruda e a Camargo Corrêa surgiu a partir da análise de documentos apreendidos na residência de Pietro Bianchi, executivo da empreiteira acusado pelo Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Bianchi e outros dois dirigentes da Camargo Corrêa, Fernando Arruda e Darcio Brunatto, são alvos da Operação Castelo de Areia.
A planilha de Pietro Bianchi sugere contabilidade paralela da Camargo Corrêa. Estão anotadas informações sobre 208 empreendimentos e contratos da empresa entre 1995 e 1998. Na página 54 do documento, intitulada "diversos", há 9 registros de pagamentos - totalizando US$ 928,7 mil -, oito deles aparentemente destinados a "campanhas políticas" em Brasília, São Paulo e Bahia.
Ao lado da data 8 de setembro de 1998 consta a anotação "camp. política Brasília-Arruda". A doação teria sido de US$ 80.496, ou R$ 103.840 - a conversão consta da planilha. Nos dias 14 de setembro e 13 de novembro, mais dois lançamentos supostamente para o mesmo destinatário: o primeiro de US$ 157.790 (R$ 205.127 pela taxa do dia do dólar) e o outro de US$ 399.360 (ou R$ 499,2 mil).
O arquivo integra relatório final da Castelo de Areia. O Ministério Público Federal em São Paulo decidiu encaminhar a planilha para a Procuradoria-Geral da República porque são citados políticos com foro privilegiado perante o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ). No âmbito criminal, o STJ é a instância do Judiciário com atribuição para autorizar abertura de investigação contra governador.
JUNDIAÍ
O Ministério Público Estadual vai investigar se houve irregularidades em obra da Camargo Corrêa no município de Jundiaí (SP). O contrato é de 1995. Registros contábeis da empreiteira apreendidos pela PF indicam pagamentos que somam R$ 184,9 mil a "político". A apuração foi pedida pela Procuradoria da República em ofício ao procurador-geral de Justiça, Fernando Grella Vieira. O contrato teria ligação com a área de tratamento de esgoto da cidade. (09/12/09)
Na pressa, atropelos
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Para MPDFT, PDOT é inconstitucional
PDOT é inconstitucional para MPDFT
Vanessa Aquino - CorreioWeb
O MPDFT também incluiu na ação os depoimentos que fazem parte da investigação que deu origem à Operação Caixa de Pandora, segundo os quais "houve pagamento dos deputados distritais da base do governo em razão da aprovação do PDOT" e que tal pagamento teria sido realizado com dinheiro arrecadado entre empresas que se beneficiariam com a aprovação do PDOT.
Dentre os aspectos da Lei Complementar que deram origem à ADI estão a falta de planejamento para o macrozoneamento para uso e ocupação de solo e da utilização dos instrumentos de ordenamento territorial e de desenvolvimento urbano, além de novas ocupações territoriais sem o prévio zoneamento ecológico-econômico e sem estudo de impacto ambiental.
Pedido de anulação
Baseado nos depoimentos que fazem parte das investigações da Polícia Federal de um suposto esquema de pagamento de propina encabeçado pelo primeiro escalão do Governo do Distrito Federal, o presidente do PT-DF, Chico Vigilante, informou que entrará com uma ação no Tribunal de Justiça do DF pedindo a anulação da votação do projeto do PDOT na Câmara Legislativa. Segundo ele, a justificativa é amparada nas denúncias da Operação Caixa de Pandora, onde há suspeita de pagamento de propina para aprovação da proposta.
Em depoimento à PF, o ex-secretário Durval Barbosa afirma que, de dentro do GDF, operadores do suposto esquema distribuíram dinheiro de empresas que se beneficiariam com o PDOT para pagar os distritais e assegurar a aprovação do Plano Diretor. Segundo o presidente do PT-DF, o pedido será encaminhado até esta sexta-feira (04/12). "O próprio Durval disse que foi arrecadado dinheiro para aprovação do PDOT. Essa denúncia indica o comprometimento da votação. É preciso anular e fazer tudo de novo", declarou Chico Vigilante que aguarda a elaboração do documento para encaminhar o pedido de anulação.
O Correioweb entrou em contato com o deputado Batista das Cooperativas (PRP), responsável pelas negociações dos vetos do PDOT, que informou que aguarda a movimentação do PT para só então tomar uma posição.
O PDOT
O PDOT traça diretrizes de crescimento para a cidade e é revisto a cada 10 anos. Trata-se de um plano amparado por diversas leis que sai do Executivo, onde é avaliado pelas secretarias relacionadas a urbanismo, e precisa ser aprovado pela Câmara Legislativa. O governador deverá sancionar, ou seja, concordar com todos os pontos do plano para que seja implementado. O atual PDOT teve 59 artigos vetados pelo governador e retornou para a Câmara Legislativa e a aprovação estava em fase de conclusão.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Evangélicos pretendem se manifestar na CLDF contra o Mensalão do DEM
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Expulsão de Arruda do DEM é certa, diz líder
Lula diz que suposta corrupção no DF é "deplorável"
O entendimento do Planalto sobre o mensalão do Arruda
Jornalistas do Correio em protesto silencioso
Eliana Pedrosa planeja assumir CLDF
Como aconteceu antes da Operação Caixa de Pandora
Tática do Lula
Vergonhosa a cobertura da imprensa local sobre o Mensalão do GDF
Doze partidos têm histórico de “mensalões”
Se contabilizados os partidos citados nos inquéritos dos três episódios de corrupção apelidados de “mensalão”, o número de siglas envolvidas chega a 12, o que representa 44% de todos os partidos políticos do país com registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nos três esquemas – “mensalão da base aliada ou petista”, “mensalão mineiro ou tucano”, e “mensalão de Brasília ou do DEM” – houve, supostamente, arrecadação ilegal de recursos para políticos. O termo mensalão, nomeado pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), em 2005, entrou definitivamente no vocabulário brasileiro – ou da política. Já tiveram os nomes citados nos inquéritos dos mensalões, por aparente envolvimento de integrantes das siglas, os partidos dos Trabalhadores (PT), Social Democracia Brasileira (PSDB), Democratas (DEM), Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), Popular Socialista (PPS), Trabalhista Brasileiro (PTB), República (PR), Socialista Brasileiro (PSB), Trabalhista Cristão (PTC), Republicano Progressista (PRP), Social Cristão (PSC) e Progressista (PP). (mais)
Doze partidos têm histórico de “mensalões”
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Reunião dos deputados distritais continua...
Polícia Federal desmonta versão panetone
Perícia da Polícia Federal conclui que Arruda forjou recibos para justificar os R$ 50 mil recebidos de Durval
Flagrado em vídeo recebendo R$ 50 mil em dinheiro vivo de seu ex-secretário Durval Barbosa, o governador de Brasília José Roberto Arruda disse que eram recursos para a compra de panetones, que depois teriam sido distribuídos em comunidades carentes.A investigação da Polícia Federalmostra que a versão de Arruda também seria uma fraude. Segundo apurou a PF, há 20 dias o empresário Roberto Cortopassi Júnior, um dos donos da empresa da WRJ Engenharia, chamou para uma conversa o lobista Renato Malcotti – apontado pelos federais como um dos principais operadores financeiros do governador – num café no Shopping Liberty Mall. Cortopassi chegou com um laptop e exibiu para Malcotti um fragmento do vídeo em que Arruda recebe o dinheiro das mãos de Durval. Malcotti teria feito uma ameaça: se Arruda não determinasse ao Banco de Brasília, um banco estatal, a suspensão da cobrança de uma dívida milionária de sua empresa, ele iria divulgar o vídeo. Diante da ameaça, o governador foi aconselhado por advogados a ter uma explicação para o destino do dinheiro. A compra de panetone em período eleitoral poderia ser enquadrada como crime eleitoral, uma acusação que três anos depois das eleições teria pouca conseqüência prática. Há 10 dias, Durval foi chamado à residência oficial do governador, em Águas Claras, onde Arruda lhe teria pedido para assinar recibos sem datas que justificariam os gastos com os panetones. Na ocasião, Durval indagou: “E como eu vou explicar a origem do dinheiro?”. Um dos assessores de Arruda apontou uma saída: “Diz que foi uma vaquinha entre amigos”.
A reunião em Águas Claras foi monitorada pela PF. “Esperto, Durval assinou os recibos com um tipo de caneta que facilita a identificação de quando foi usada”, disse a ÉPOCA um investigador da Operação Pandora. De posse de cópias dos recibos, Durval foi direto da casa oficial do governador para a Polícia Federal. Ali, ele entregou os papéis para serem submetidos a uma perícia do Instituto Nacional de Criminalística. A conclusão foi de que a assinatura era recente. “A tinta ainda estava fresca”, diz um dos investigadores.
Luto nos carros até o impeachment
"AÍ, PESSOAL DE BRASÍLIA!
TODO MUNDO COM FITA PRETA NOS CARROS E BICICLETAS! NA ANTENA, NO PÁRA-CHOQUE, ONDE DER PRA AMARRAR!
VAMOS MANTÊ-LAS ATÉ O DIA DO IMPEACHMENT DESSE BANDO DE CORRUPTOS DO GDF!!
ARRUDA, PAULO OCTAVIO E COMPANHIA ILIMITADA!
REPASSE! "
Manifestação do Panetone na CLDF
Então deputado Odilon Aires
Este sempre cai nas gravações. Na última foi flagrado em grilagem de terras. Na época ganhou o apelido de "Odilote"!
A |íder do governo dep Eurides Brito (PMDB)
Lembre-se que ela não apoiou a chapa composta pelo PMDB em 2006. Disse que era uma chapa Pangaré!
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Leia Sinopse das declarações de Durval Barbosa no inquérito 650 do STJ
LEIA A DELAÇÃO QUE RESULTOU NA OPERAÇÃO CAIXA DE PANDORA
Pg 7 Cristina Boner (Grupo TBA) repassou R$ 1 mi para campanha de Arruda. Dinheiro foi “lavado”por meio do Grupo Comunidade. Grupo TBA, em troca, ganhou contrato emergencial com a Codeplan.
Pg 8 - Durval cita vídeo no qual o distrital Junior Brunelli aparece recebendo R$ 30 mil, mesada existiria desde 2002.
Pg 16 – Durval diz ter sido autorizado a participar da campanha Arruda ao GDF. Arruda passa a controlar (os contratos) da CEB, ICS, Metro, BRB e Codeplan
Pg 17 – Contratação da Notabilis, de OrlandoPonte, Omézio Pontes e do filho do governador Arruda, Marcos Sant’ana Arruda. Empresa foi contratada pelo (publicitário) Haroldo Meira, que presta serviços ao GDF.
Pg 18 – Documentos apresentados por Durval comprovariam caixa 2 da campanha de Arruda ao GDF
Pg 19 – Dinheiro entregue a Arruda (no vídeo) era oriundo da TBA; MESADAS A DISTRITAIS: Junior Brunelli (30mil), Leonardo Prudente (50mil), Eurides Brito (50 mil), Odilon Aires (30 mil), Benício Tavares (30 mil). Assessor Fábio Simão (30 mil)
Pg 20 – Durval afirma que Renato Malcoti e Márcio Machado(SEc.de Obras) são responsáveis pelo pagamento de outros grupos de “apoiadores”do candidato Arruda; Durval afirma que Paulo Octávio é o defensor de Cristina Boner junto a Arruda (que não teria boa relação com a empresária); Empresário Gilberto Lucena pagou propinas a Paulo Octávio (660 mil), Roberto Giffoni (280 mil) , Ricardo Penna (280 mil) e ao Arruda. Luiz França, da Secretaria de Justiça, recebeu dinheiro a mando de Arruda. Ele é gestor do NA HORA e do NA HORA MOVEL, contratos da Cristina Boner. Prestador de serviços ao GDF, Luis Paulo Costa Sampaio foi cúmplice de Durval nas gravações.
Pg 21 – França pressiona gov por mais dinheiro. Surge Marcelo Carvalho, diretor do Grupo Paulo Octávio. Ele teria pago aos distritais pela aprovação do PDOT
Pg 22 - cita filme no qual Omézio Ponte e Domingos Lamoglia guardam dinheiro numa mala. Citado vídeo no qual Paulo Pestana recebe 10mil. Paulo Roberto (DFTrnas) 20 mil; Durval diz que Arruda tem pessoas em cada unidade administrativa para acompanhar e saber dos contratos e seus valores. Citados dois vídeos do José Naves (Idhab); José Humberto e Lamoglia recebem dinheiro no atacado, em montantes de R$ 1 mi. Arruda não gosta de dinheiro “miúdo”. Durval diz que j[á deixou dinheiro na empresa de José Humberto (Combral) e na casa dele, na QI 5, lago Sul.; José Humberto é sócio de Paulo Octávio no empreendimento imobiliário Ilhas do Lago; Márcio Machado buscava dinheiro para pagar dívidas de campanha de apoiadores.
Pg 23 – Benedito Domingos, presidente do PP, recebeu R$ 6 mi para aderir à campanha de Arruda. PRP, 200 mil e o PHS, 100 mil; Titulares de secretarias recebem 40% dos valores dos contratos. A divisão: 40% gov, 30% vice-gov, 10% Geraldo Maciel, 10%Omézio, e o resto para a distribuição; Na sec de Saúde, Fernando Gonçalves, adjunto do secretário Augusto Carvalho, é o cara da propina. Maciel paga R$ 400 mil à base na CLDF.
Pg 24 Durval diz que Arruda é sócio de René Abdujalsk, dono de parte da BAND NEWS RJ, por meio da empresa Nova Fase. René teria dito que Arruda recebe R$ 5,8 mi por contrato com GDF.
Pg 24 - Leonardo Prudente aparece guardando propina nas meias. Leonardo manda no DETRAN.
Pg 25 – Leonardo Prudente teria exigido a retirada do DETRAN da Central de Compras para não instalar CPI DIGITAL. Ele é dono de parte do contrato do LIXO. BRB é um órgão corrupto; TESTEMUNHAS DO DURVAL: Luiz Paulo Costa Sampaio e Marcelo Toledo Watson. SOMBRA (jornalista) tem cópias dos vídeos, além de um amigo e de um parente. Durval se diz traído por Arruda. Arruda teria comprado Haras no PADF em nome de Laranja (Severo de tal).
Pg 26 - Quem revelou transação foi Heraldo Paupério (adv), padrasto de Flávia Arruda.; Fábio Simão é um captador de recursos para Arruda. Ele é interlocutor de Ricardo Teixeira. Paulo Roxo também é captador. O Izalcy Lucas leva as empresas de tecnologia até o governo.
PG 27 – Durval diz ter mais uma testemunha: Lúcio Flávio de Oliveira. Sylvio Guedes, Paulo Pestana, Mônica Maia, Omézio Pontes e outros jornalistas são pagos com contratos superfaturados da Codeplan e integram a Inteligência da campanha.; Alcir Calaço, dono do Tribuna do Brasil, recebe mesada de 30 mil por mês. Ele também distribui dinheiro para Fernando Antunes e Augusto Carvalho via empresa Call Tecnologia, do Pedro Gontijo; Durval fala do vídeo no qual o médico João Luiz, da Sec de Saúde, rcebe 20 mil ( via Unirepro).
PG 29 – Ricardo Penna recebe recursos para pesquisas da Soma por meio da Call Tecnologia.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Para quem gosta de Alexandre Garcia...
Em outubro de 1980, quando prestava serviços à ditadura militar na qualidade de porta-voz do general-presidente João Figueiredo, o jornalista gaúcho Alexandre Garcia, no apogeu de seus 40 anos, destilava testosterona. Logo após ter sido entrevistado pela incipiente revista Playboy, Garcia foi assediado pela publicação concorrente – a revista Ele &Ela, que queria, também, fotografá-lo. O próprio Alexandre narra o episódio em uma entrevista concedida, em agosto de 2006, aMarcone Formiga, do Brasília em Dia: ”Eu havia sido entrevistado para a “Playboy” e aí o Flavinho Cavalcante, na época da Bloch, disse que a “Ele &Ela” também queria uma entrevista. Só que maior, com fotos. Fui perguntar para o meu guru, o ministro Golbery, que respondeu: “Pode, sim. Vamos, em breve, tirar o Farhat. Vamos extinguir a Secretaria de Comunicação Social e queremos que você fique como secretário de Imprensa. Nada como dar uma entrevista para uma revista masculina para projetar mais o seu nome, para virar depois secretário de Imprensa”. Dei a entrevista, revisei, praticamente copidesquei. Então aquilo que está lá é meu mesmo. O Flavinho me trouxe o primeiro exemplar que entreguei para o Figueiredo ler. O Figueiredo leu a bordo de um Búfalo em uma viagem a Pindamonhangaba. Até aconteceu uma coisa engraçada…
terça-feira, 17 de novembro de 2009
O Casamento do Valente!!!
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Que tal mudarmos o nome da Av. Estrutural?
terça-feira, 20 de outubro de 2009
EM Defesa de Barrichello
SÃO PAULO (e chega) – De todas as pessoas que encontrei hoje, ouvi: “Esse Rubinho é um cagado, mesmo”, “Puta azar deu o Rubinho”, “Esse Rubinho é muito ruim”, “O cara é muito azarado, tinha de furar um pneu?”, “Esse cara é muito ruim, não vai ser campeão nunca”, “Quando a gente mais espera dele, faz isso”.
E algumas variáveis sobre o mesmo tema.
Eu já tinha dessa impressão, mas depois deste fim de semana, tenho certeza. O problema de Barrichello não é ele, não são seus carros, não são seus companheiros de equipe. O problema de Barrichello é a TV Globo.
E por que a Globo, e não toda a mídia? Porque não se deve ter nenhuma ilusão. A imensa maioria das pessoas no Brasil só se informa sobre F-1 pela Globo. “Se informa” é um eufemismo, melhor corrigir. Digamos que a cultura de F-1 que a imensa maioria das pessoas tem no Brasil vem daquilo que a Globo diz.
E a Globo só diz besteira. A cultura de F-1 do brasileiro médio é zero, talhada pelas cascatas globais.
Barrichello não fez nada de errado ontem, não errou ao tentar a pole com o carro mais leve, não teve azar nenhum, não foi cagado. Mas a histeria global, martelada dia após dia — e quando a corrida é no Brasil, e ele está na pole, chega a ser quase uma lavagem cerebral, uma lobotomia —, faz com que o público aqui acredite que Rubinho do Brasil tem a obrigação de ganhar, e se não ganhar, das duas uma: ou sacanearam com ele, ou é um cagado que não tem mais jeito.
As pessoas veem uma corrida de F-1 aqui com zero de informação honesta. Ontem, depois de dez voltas já era possível afirmar que Rubens não venceria a prova. Simples: não abria de Webber e iria parar cinco voltas antes nos boxes. Cinco voltas, com um carro mais rápido e cada vez mais leve, seriam mais do que suficientes para Webber voltar à sua frente do pit stop. E Kubica, também. Ambos passaram.
Rubens apostou no clima instável de São Paulo, no que fez muito bem. Larga na pole, pula na frente, vai que chove no início, todos têm de parar, a vantagem do carro mais pesado é anulada. Ou, ainda: acontece alguma merda atrás dele, Webber se enrosca, Kubica bate, fica para trás, e a vantagem é igualmente anulada.
Mas há uma desonestidade editorial clara naquilo que a Globo faz, alimentando uma expectativa que não poderá ser cumprida. Porque corrida de carro é muito mais do que essa gritaria de “Vâmo, Rubinho!”, “Não erra agora, Rubinho!”, “Acelera, Rubinho!”. Corrida de carro tem lógica, é matemática, e quem mostra um evento desses a milhões de pessoas tem a obrigação de ser honesto.
Porque se não for, as pessoas não têm elementos para entender a derrota. E se amparam na explicação que está à mão: o cara é cagado, dá azar, não vai ganhar nunca. Ou, ainda: furaram o pneu dele de propósito.
E, aí, vai-se criando a fama, dia após dia, de perdedor, azarado, cagado. Uma farsa, uma mentira. A TV mente o tempo todo. Foi assim nos anos pós-Senna, em que Barrichello, de Jordan ou Stewart, não tinha a menor chance de ganhar uma corrida, embora a TV dissesse o contrário. Porque corria contra Williams, Ferrari, McLaren, Benetton. Depois, na Ferrari, a venda de ilusões baratas era igualmente cruel, porque contra um piloto como Schumacher, Barrichello jamais seria campeão. Não seria porque Schumacher era muito melhor. Se eu for companheiro de Barrichello numa corrida de qualquer coisa, não terei chance alguma de andar na frente dele. Deem um kart para ele e outro para mim, e ele vai chegar na frente todas as vezes. Entreguem um Lada igualzinho ao meu, e não vou ser mais rápido que ele nunca, em nenhuma volta.
Mas a Globo vende a esperança, porque acha que as pessoas só vão se interessar por seu evento se houver a chance de um brasileiro vencer, mesmo se for uma mentira deslavada, como na maioria das vezes. É um engodo, e uma sacanagem com o piloto. A expectativa que se cria por seus resultados é criada na TV. OK, muitas vezes Rubens embarcou na onda, mas é o menor dos culpados.
Se a TV não se dedicasse tanto a iludir seus telespectadores tratados como otários, Barrichello não seria zoado como é há anos, pela Globo inclusive. Poderia conduzir sua carreira com mais tranquilidade e serenidade. Ele não tem a obrigação de vencer por ninguém, pelo povo, pelo país. Tem obrigação de trabalhar direito para quem lhe paga, e por ele mesmo.
Um dia depois de uma corrida normal, na qual fez o que podia fazer dentro dos limites de seu carro e de seu talento, o coitado tem de aguentar um tijolo a mais nessa construção de uma imagem que não corresponde à realidade. Barrichello pode não ser o melhor piloto do mundo, está longe disso, mas é um dos bons dos últimos anos, como outros tantos. Nem muito mais, nem muito menos. Não estaria há tanto tempo correndo se não tivesse qualidades.
Quando parar, muito provavelmente sem ter sido campeão, terá para sempre colado na testa o rótulo de cagado, azarado, lento, o que for. Pode agradecer à TV por isso. Foi ela que, nesses anos todos, disse ao Brasil que Rubens era algo que nunca foi. Talvez ele nunca entenda isso, até porque adora ser bajulado pela Globo, com seu pseudo-jornalismo esportivo meloso, ufanista e cascateiro. Mas é assim.